A Fonte Nossa Senhora D’ajuda, Porto Seguro foi considerado o primeiro Santuário Mariano do Brasil, Arraial de Nossa Senhora foi uma homenagem a Tomé de Souza e aos primeiros Jesuítas que aqui chegaram em 1549, com suas 3 naus (navios de grande porte): Conceição, Salvador e Ajuda, que viriam a ser nomes de cidades e de suas primeiras Igrejas. Venha saber um pouco mais de mais um projeto de arquitetura sacra da Potrich Arquitetura.
José de Anchieta, escreveu no início do século XVI sobre o “sonoro brando sussurro da água que milagrosamente jorrou de uma fonte, fora do frontispício da Igreja, ao pé de uma frondosa árvore, quando Pe. Francisco Pires celebrava ali o santo sacrifício da missa”.
Pe. Simão de Vasconcelos na sua “Crônica da Companhia de Jesus no Estado da Bahia”, na edição de 1864 escreveu: “Um lenhador, habitante de um rancho calmoso à auréola da costa, subindo certo dia o ápice da montanha de repente topou surpreso em um calhau, era a milagrosa santinha. Tornando-se um ermitão, peregrinava em torno, fazendo curas milagrosas, cujos proventos se destinavam ao levantamento de uma Igreja, a que deu o nome de Nossa Senhora d’Ajuda”. (Fonte: https://www.arraialdajuda.tur.br/historia/)
A História
Segunda a história, quem se banha aqui sempre volta ao Arraial d’Ajuda.
De valor principalmente simbólico e histórico, foi construída pela irmandade de Nossa Senhora d’Ajuda, Porto Seguro entre 1929 e 1930 (placa de mármore branco pregado no monumento – fachada frontal da edificação).
Diante desse contexto, a restauração da Fonte foi pensada em valorizar esse patrimônio, e manter viva a antiga tradição.
Inicialmente foi retirada as cubas, ilustrada pelo croqui, sendo a primeira proposta desenvolvida à mão para o IPHAN. Reestruturamos o vão existente, fazendo o fechamento nas laterais e na frente para permitir de forma adequada a vazão da água que não será utilizada. Contudo, colocamos um revestimento na parte interna desse vão, garantindo a manutenção e a higiene do local. Toda readequação foi pensada a partir do custo final, que será arcada pelo Santuário. A proposta das bicas garantirá a tradição da água milagrosa de forma consciente, tão forte e inserida na região.
Direcionamos a bica que está no arco central da edificação para a parte inferior no complexo da fonte. Consideramos o fechamento dos arcos da edificação, por serem escuros e consequentemente perigosos. Sendo assim, a transferência da nascente de dentro da edificação se localizará junto ao muro de arrimo na parte inferior, onde colocamos um deck de madeira, pensando na facilidade de acesso dos turistas.
Foi recomendado pelo IPHAN que as cores da edificação fossem realizadas prospecções estratigráficas nas fachadas, a fim de recuperar as cores primitivas.
Fachada do Santuário
Consideramos uma melhor iluminação do local, valorizando o espaço externo, que foi totalmente revitalizado.
A modificação do uso do espaço, com novos materiais e um iluminação trará uma nova essência e espiritualidade ao local. Devemos considerar também a utilização do guarda-corpo em todo complexo da fonte, já que atrairemos no local, turistas de todas as idades, por isso, a segurança é indispensável. A opção é usar um guarda-corpo limpo, que não tire a essencial e atenção da fonte.
Arquivo pessoal: Foto dos três arcos internos.
A edificação possui três arcos na fachada frontal, que são identificados pelos nomes de Conceição, Salvador e Ajuda, que foram os três Naus (navios de grande porte) que chegaram em 1549 junto com os primeiros Jesuítas.
Cada arco terá um mosaico em azulejo português, remetendo à história do local. O primeiro arco, Conceição, será ilustrado a chegada dos Jesuítas com a imagem de Nossa Senhora d’Ajuda. O segundo arco, Salvador, a história da água que brota atrás do altar. E o terceiro arco, Ajuda, a oração de Nossa Senhora d’Ajuda, padroeira da cidade.
Por fim, os fiéis residentes na cidade onde se localiza o Santuário esperam que os visitantes que passam pelo local, valorizem, assim como os nativos valorizam, se tornando dessa forma, uma referência religiosa de conhecimento mundial, devido à visitação de pessoas de várias partes do mundo.